Os leilões das faixas 5G de telefonia, a quinta geração de redes móveis e de banda larga, realizados na semana passada, abrem a possibilidade de grandes transformações na comunicação e na conectividade, e o agronegócio é um dos setores que mais esperam por elas. A velocidade do 5G alcança, em média, 1Gbps (Gigabits por segundo), o que significa ser dez vezes mais rápida que o 4G. Ou seja, será possível uma agropecuária digital mais eficiente, o que reverte em maior produtividade das lavouras e criações de animais.
Mas há desafios gigantescos a serem transpostos que vão exigir esforços para serem superados. Ainda hoje, o Brasil possui cerca de 40 milhões de habitantes sem acesso à internet. No campo, segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), apenas 23% das áreas ocupadas por atividades do agronegócio contam com algum nível de cobertura. No entanto, a implementação de tecnologias, sejam elas 2G, 3G, 4G e 5G, em 90% das áreas poderia impulsionar o VBP (Valor Bruto de Produção) do agronegócio em R$ 101,47 bilhões. Por isso o 5G, a mais moderna das tecnologias, é tão esperada para os próximos anos: ela acelera de forma instantânea o que hoje são apenas oportunidades.
Com o advento do 5G, acreditamos que será possível ter à disposição uma oferta mais ampla de ferramentas e novas tecnologias embarcadas em equipamentos e maquinário, melhorando o controle das lavouras e otimizando resultados. O uso de dados será cada vez mais um aliado na tomada de decisões do produtor e dos consultores no campo.” A empresa atua na produção de sementes e no varejo de insumos. Em julho deste ano, a Três Tentos concluiu sua oferta pública inicial (IPO) na B3, abrindo seu capital.